Deus fez algo maravilhoso quando criou as famílias. Embora as famílias tenham mudado desde os tempos bíblicos, sempre funcionaram da mesma forma básica. As famílias devem ser lugares de encorajamento e amor. Abrigos nas tempestades da vida. Deus ama tanto as famílias que criou uma família para o Seu próprio Filho - Jesus Cristo. Ele valoriza o papel da família e criou-a para ser o centro do crescimento e desenvolvimento. Cada membro tem um determinado papel. Os filhos aprendem a cuidar de si mesmos e de outros na família. Os pais ensinam suas famílias a conhecerem a Deus e a andar com Ele. Deus inventou a família milhares de anos atrás e ainda hoje é uma de suas criações favoritas.
A FAMíLIA NA BíBLIA
Nos tempos bíblicos, a família se compunha de um ajuntamento. Incluía não só pais e filhos, com outros parentes, mas também empregados, viajantes, estrangeiros e qualquer outra pessoa que estivesse na casa. O chefe da família protegia a todos. A família de Jacó, por exemplo, abrangia três gerações (Gênesis 46:8-26). Biblicamente, o termo "família" se confunde com "casa". De fato, "fundar uma casa" pode se referir a organizar uma habitação separada, bem como estabelecer uma família. Em sentido amplo, "casa" pode se referir a uma nação inteira ("casa" de Israel). Os chefes das famílias voltando do seu exílio na Babilônia controlavam algumas vezes centenas de familiares. (Esdras 8:1-14). A família era uma pequena parte de um clã ou tribo. Nos tempos nômades, as responsabilidades e vassalagens se concentravam no grupo familiar maior enquanto ele se mudava de lugar para lugar. Aqueles que pertenciam ao clã sabiam que tinham que trabalhar pelos interesses comuns e ter responsabilidade por todo o grupo. Cada um protegia o outro e tomava providências para outros membros da família em tempos de necessidade.
Com as vidas dos isrealitas estabelecidas, famílias (no sentido mais amplo da palavra) começaram a viver em pequenas cidades circundadas por campos de trigo, cevada e linho, com áreas de pastagens para ovelhas e cabras. Um grupo familiar misto, interdependente, tal como os danitas, de Zorá e de Estaol (Juízes 18:11) compunha cada grupo de cidades. As pessoas tinham que compartilhar a carga de trabalho e cooperar para que a família inteira sobrevivesse a condições adversas.
Como o trabalho artesanal e o comércio se desenvolveram junto com atividades mais sedentárias, os filhos aprenderam as habilidades de seus pais e continuaram os negócios da família. Consequentemente, toda a cidade tinha que seguir um determinado ofício (I Crônicas 4:14; Neemias 11:35). Especializando-se am alguns negócios, entretanto, as pessoas se tornaram menos autosuficientes, dependendo mais deos agricultores para a alimentação e de outras cidades que se especializaram na produção de roupa e cerâmica (I Crônicas 4:21-23).
GRUPOS FAMILIARES MENORES
Com o crescimento das cidades, grupos que se relacionavam viviam juntos em áreas específicas. Neemias (Neemias 11:4-8) e o escritor de Crônicas (I Crônicas 9:3-9) registraram que muitos membros das tribos de Benjamim e Judá viveram em Jerusalém. Os grupos familiares começaram a se fragmentar em grupos menores que se mudaram para as cidades. O grupo familiar ficou ainda menor à proporção que os limites da família mais ampla se estreitava. A família típica era formada de marido, mulher e seus filhos. Como as casas eram pequenas, todos moravam numa só casa.
Durante o período dos reis, Amom e Absalão, filhos do Rei Davi, estabeleceram suas próprias casas separadas (II Samuel 13:7-8, II Samuel 20). Naquele tempo, havia poucos escravos na sociedade hebraica, mas eles também eram considerados membros da família. Como os limites mais amplos da família se diluíram, o chefe da família perdeu um pouco de sua autoridade. Como resultado, a sociedade ficava formada de modo que o rei era soberano e todas as pessoas lhe eram sujeitas.
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